Está estudando holandês, mas está confuso? Precisa de ajuda?

Aulas de reforço no idioma holandês, via Skype, no conforto de sua casa! Saiba mais neste post!

IMPORTANTE: Mudanças no Inburgering

Leia o post sobre as mudanças que ocorreram nos exames.

"Hospice", já conhece um ou ouviu falar?

Post sobre um hospice destinado ao público jovem, inaugurado em 2014 na cidade de Leiden. Leia mais aqui!

Como é o teste de Holandês no consulado?

Acabe com a sua ansiedade! No post, links com os exemplos de como é o novo teste.

Programa LowLand

Programa transmitido direto da Holanda, via internet.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Palavras em Inglês com origem no Holandês


Se você está aprendendo holandês e conhece um pouco do idioma inglês, já deve ter percebido que algumas palavras em inglês se parecem em muito com palavras holandesas. Klopt dat?
Bem, na verdade, não é que elas “se parecem”. Muitas palavras em inglês são na verdade adaptações de palavras holandesas.

Quer exemplos?

Skipper: vêm do holandês “schipper”, que em inglês significa exatamente igual ao holandês: capitão.
Yankees: essa eu já sabia, pois um colega meu chamado Kees, havia me contado uma história parecida, apenas variando os nomes. No século 17, muitos holandeses se chamavam Jannen ou/e Keesen (agora, nos anos mais “recentes”, Jan e Kees). “JanKees” = Yankees
Cole slaw: isso é literalmente “koolsla”.
Landscape – é uma adaptação da palavra holandesa “landschap”.
Cookie – Em holandês, “koekje”.
Cruise – “kruisen’. Em inglês, também temos o verbo “to cross”.
Frolic – essa vêm da palavra holandesa “vrolijk”.
Pump – mude o “u”por um “o”, e.... voilá! :o)
Rucksack – Rugzak. Nem precisa explicar muito, certo? Significa “mochila”.
Onslaught – A palavra holandesa “aanslag”, têm exatamente o mesmo significado

Você conhece alguma outra palavra em inglês com origem no holandês? Vamos aumentar a nossa lista!


E então? Mais motivado (a)? "Bora" lá aprender mais! :-)


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Haarlem tão charmosa quanto Amsterdam

De uma forma geral quem vem conhecer a Holanda tem como foco principal Amsterdam e seus arredores. Claro, é a cidade mais famosa do país e deve sim ser visitada. Mas, se você quiser sair um pouco do tradicional roteiro “arroz com feijão” eu deixo aqui uma dica de passeio que vale a pena.


Stadhuis

Primeiro deixe de lado a idéia de que só Amsterdam é interessante  e cheia de vida. Haarlem, a capital da Província da Holanda do Norte, é uma competidora de peso.

A cidade fica a 15 minutos de trem de Amsterdam é considerada o melhor local de compras do país. E de fato  o centro está cheio de lojas e charmosos cafés.  Haarlem possui um história rica e que foi por vezes bem conturbada.
Grote Markt
Visitar o centro histórico é obrigatório, já que é lá que se encontram as construções mais antigas da cidade, além dos cafés e bares. Pois, então vá ao Grote Markt, que é a praça central, lá se encontram construções famosas como a Stadhuis     (Prefeitura) e a Catedral de Sin Bavo (que remonta ao século 14).
E se você gosta de museus pode visitar  o The Corrie ten Boom House (que foi esconderijo de refugiados na Segunda Guerra Mundial), o Frans Hals Museum (que abriga uma coleção histórica da arte holandesa) e o Teylers Museum (o mais antigo da Holanda).

Corso das Flores - Bloemencorso
Dependendo da época de sua viagem talvez você tenha a oportunidade de participar do Corso das Flores ou do Kermis. O Corso das flores é um evento no qual carros alegóricos desfilam diversas imagens feita de flores, no ultimo dia dos eventos as flores são distribuídas.  Já o Kermis também acontece uma vez ao ano e é uma espécie de parque de diversões itinerante, bastante popular por aqui. Originalmente começou como uma feira anual , associada á Igreja e seus feriados. Se você ainda não participou de um  vale experimentar.

Kermis
E se vier a Holanda não deixe de incluir Haarlem no seu roteiro. 


Cíntia Beatrice é paulistana, Bacharel em Turismo e Designer de Interiores, Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e mora no Norte da Holanda com o marido . Atualmente faz parte do grupo de colunistas do blog Brasileiras pelo Mundo. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"Hospice": Já ouviu falar?

Eu convivi pouco tempo com a minha sogra. Quando eu a conheci, ela estava naquele período que se chama "remissão" do cancêr. A remissão da doença não significa a cura; é um período de tempo em que a doença ou está respondendo ao tratamento ou está sob controle). Meu sogro, já aposentado, cuidava dela integralmente, mesmo quando a doença ainda não havia drenado por completo a vitalidade dela, como aconteceu no seu último ano de vida. 

Quando eu a conheci, ela ainda estava ativa, fazia algumas tarefas leves da casa, saía para fazer compras, ou passear. Em uma consulta de rotina, ela foi orientada pelo seu dentista, a procurar um médico, pois algo havia sido detectado por ele naquela consulta. 
Após um exame, foi constatado que o cancêr havia voltado, depois de cinco anos de intensos cuidados, sessões de quimioterapia, medicações e mais todo o esgotamento emocional que o doente e a família, normalmente, mergulham. 

Ok. Pára tudo. 

Eu resolvi começar esse texto contando uma experiência pessoal que me fez tomar conhecimento de um tipo de estabelecimento que existe aqui na Holanda e, até onde eu pude apurar, em outros países da Europa, Austrália e Estados Unidos também.

Hospices (pronúncia aproximada "róspiss”) são instituições onde são internadas pessoas que precisam de cuidados paliativos. Num hospice há pessoal  habilitado para o acompanhamento e supervisão de pessoas que estão seriamente doentes, passando por sofrimentos decorrentes de doença severa ou avançada, incurável e progressiva.

Nos hospices os quartos são individuais e aparelhados de acordo com a necessidade da pessoa que ali se hospeda. A hospedagem pode ser de até três meses. Havendo necessidade, pode-se prolongar mais três meses. Normalmente, não há muitos quartos nos hospices, como você pode estar imaginando. Quatro, cinco, seis quartos. Aqui na cidade onde eu moro, há um hospice, com cinco quartos.

Em abril de 2014 foi inaugurado na cidade de Leiden, depois de cinco anos de planejamento, um hospice para jovens, o Xenia Hospice (www.xeniahospice.nl). Nesse local são recebidas pessoas entre 16 e 40 anos. É o primeiro estabelecimento deste tipo na Holanda, voltado para o público mais jovem. 


É possível encontrar na internet reportagens e vídeos que mostram um pouco da atmosfera amigável e acolhedora que foi criada para receber essas pessoas, que decidiram junto de seus familiares e médico responsável - o paciente só é encaminhado para um hospice depois que o médico constata ser o caso - passarem seus últimos dias nessas unidades.



No caso deste estabelecimento, o Xenia Hospice, foi construído um ambiente onde familiares e amigos podem circular em espaços comuns, sentarem á mesa para fazer alguma refeição, tomar um café ou chá, conversar ou ver algum programa ou filme juntos. O estabelecimento se encontra no centro de Leiden, perto de cafés, supermercados, pubs. Aqueles que ainda não estão limitados devido a progressão da doença que os acometem, podem desfrutar de algum passeio, caminhada ou simplesmente sentar em algum banco ao longo dos belos canais da cidade e apreciar a vista.



O que mais me chamou a atenção nas reportagens á respeito desse novo estabelecimento foram os depoimentos de alguns "hóspedes": jovens, com talvez 16 ou 17 anos, falando de maneira resoluta o quanto era importante para eles aquele lugar, falando da maneira de como eles se sentiam "em casa", apesar deles estarem cientes do pouco tempo que lhes restava.  

Eu confesso que toda vez que eu leio algo a respeito dessas instituições, sinto uma espécie de inquietação e não raro, tristeza.

Ao mesmo tempo, tenho profunda admiração e respeito por essas pessoas que, no intuito de aliviar a tensão, angústias e tristezas que a sua iminente passagem para o infinito possa estar causando a si e em seus entes queridos, optam por passar seus últimos dias fora do seu ambiente familiar.

Me parece um profundo exercício de desprendimento, muito bem racionalizado. Eu tento me colocar na posição deles: seria eu capaz de optar por ficar longe do minha casa, do meu pessoal, dos meus objetos, dos meus "cheiros" e cores? Eu não sei. Seria eu muito egoísta, se eu decidisse ficar em casa, até o último momento? Para alguns, deve ser muito duro tomar uma decisão dessas, pois ir para um hospice, por mais que não se queira pensar nisso, significa o final de uma história. Você não sai de um hospice andando. Fato.

Eu lembro com nitidez a última semana da minha sogra no hospital. No quarto, junto com a família e o médico dela, foi declarado que o melhor para a situação dela seria  a remoção para um hospice, onde ela poderia ficar num ambiente menos tenso que o hospital mas com os mesmos cuidados. Em nenhum momento ela se mostrou contrária a decisão. Ela disse que entendia que a remoção dela seria para o bem da família e dela. Dentro de dois dias, ela já estaria instalada num quarto privativo, bem decorado, com uma vista bucólica para um jardim florido.

Mas, eu duvidei.

Algo me dizia que ela não queria ir para um lugar "desconhecido". Ela queria era ir pra casa dela. Seus objetos, sua gente, seus cheiros. Suas lembranças.

No manhã marcada para a remoção dela, ela iniciou o seu "desprendimento". A saúde dela colapsou de tal maneira que a remoção dela foi impossível. Guerreira como era, nunca cogitou a eutanásia (permitida no país) e embora o prognóstico sempre se mostrasse desfavorável para ela, jamais deixou de fazer planos onde ela estivesse incluída. 

Lá no meu íntimo, eu acredito que ela não quis ir para o hospice.

Talvez eu fizesse o mesmo.

“Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come.”

(Texto publicado no Jornal Forquilinhas, edição Junho 2016)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Ser mãe, mulher e imigrante na Holanda: a minha experiência

O texto abaixo foi escrito, originalmente, para a edição do mês de maio/2016 do jornal Forquilinhas, de Santa Catarina.


É importante lembrar que viver num país é uma experiência completamente diferente de visitar. Morar e imergir na cultura e nos hábitos locais, exige uma dose de paciência e muita resiliência.

Neste primeiro texto, eu vou contar um pouco sobre a realidade apresentada ao imigrante, em especial a mulher-mãe, que em muitos casos aterrisa aqui nessa terra sem ter muito conhecimento da dinâmica da sociedade daqui.

Logo no início, quando eu cheguei na minha nova morada, constatei um número grande de mulheres que ficam em casa, tomando conta dos filhos e dos afazeres domésticos.
(Ainda em tempo: esse deveria ser um trabalho remunerado: uma jornada extensa e extenuante. Sem sombra de dúvida.) 

Algumas nunca trabalharão fora e outras vão trabalhar tão logo os filhos estejam criados, entrando na adolescência. 

Enquanto eu vivi no Brasil, sempre trabalhei e estive rodeada de mulheres que trabalham fora, têm filhos e cuidam da casa. Aqui eu faço o mesmo, mas em um ritmo bem mais devagar do que as mulheres que conheço no Brasil. Descobri que existe uma série de circunstâncias que devem ser levadas em consideração antes de se fazer qualquer julgamento leviano á respeito daquelas que se dedicam integralmente aos cuidados da família e do lar.

Chegando aqui, eu queria muito arrumar um emprego (de preferência na mesma área que atuei no Brasil, contabilidade) e colocar a minha vida o mais rápido possível "nos trilhos". 

Eu moro a pouco menos de 100 km de Amsterdam, em uma cidade chamada Den Helder.

Den Helder é a cidade mais ao norte do país e em abril deste ano contava com cerca de 56.000 habitantes, de acordo com informações oficiais do CBS - Escritório Central de Estatísticas holandês.

Den Helder não é Amsterdam. Aqui, você não sobrevive muito tempo falando somente inglês. Se você não falar holandês, mesmo o básico, a vida fica muito complicada. 

Ao contrário do que acontece em outras cidades grandes (Amsterdam, Utrecht ou Haia), onde há uma maior ofertas de emprego, Den Helder é uma cidade pequena, com poucas oportunidades de emprego e em quase todas elas "falar holandês" é mandatório.

Algum tempo atrás, recebi um telefonema para uma entrevista de emprego em Amsterdam, em uma firma de TI. A proposta não era das melhores em termos de salário (1800,00 euros para 40 horas semanais), mas considerando que eu queria muito reiniciar a minha vida profissional dentro da minha área de formação, eu não ponderei muito e mais que rapidamente topei fazer a entrevista.

Na entrevista eu descobri que:

1) Eu deveria arcar com as minhas passagens até o local do serviço. A empresa dava uma ajuda para as passagens no valor de 350 euros. A passagem de ida e volta do trem sai por  28 euros. Só o trem. Eu não estou contando em pegar alguma outra condução chegando na cidade.  

Em casa, conversando com o marido, descobri mais: 

2) Cerca 30% referente a impostos seriam retidos; meu salário liquido não seriam mais os 1800 euros oferecidos;

3) Deixar uma criança cinco dias na creche custa mensalmente 711,00 euros para uma familia com renda anual de 70.000 (renda do casal, considerando 13o. salário de ambos). 

Então, fazendo um cálculo a grosso modo:

Passagens: 22 dias x 28,00 = 616,00 - 350,00 = 266,00

Imposto: 30% de 1800,00 = 540,00

Meus choradinhos 1800,00 euros, viraram 994,00.

Qual o valor da mensalidade da creche mesmo? Ah, 711,00 euros.

Quanto vai chegar na minha carteira?

Isso é o que podemos chamar de "literalmente pagar para trabalhar", não é verdade?

Bem...a recrutadora deve ter se dado conta antes de mim, que uma proposta dessas não seria aceita por alguém nas minhas condições. Ao final da entrevista ela me disse que entraria em contato, mas é óbvio que isso não aconteceu.

E então? Por essa, você não esperava, certo? 

Nem eu!
Área de anexos

domingo, 17 de janeiro de 2016

Porcos mortos em local de futuro Centro de Refugiados na Holanda

Créditos da Foto: Omroep Brabant
No vilarejo chamado Heesch, na província Brabante do Norte (Noord-Brabant) foram encontrados dois porcos mortos, em local escolhido para a construção um novo centro de refugiados (AZC – azielzoekerscentrum, em holandês)

Um dos porcos, estava pendurado com uma corrente em uma árvore. O outro animal foi colocado no telhado da caixa de um transformador.

Juntos dos porcos, foram encontradas faixas com as seguintes mensagens: “azc  500 = te veel”(te veel em holandês significa “demais”, “muito”) e “Heesch = tegen azc” (tegen significa “contra”). É desconhecido quem está por trás dessas ações.

A prefeitura recolheu os animais mortos. A prefeita Marieke Moorman, de Bernheze, disse na rádio local Maasland FM, que o prostesto foi “muito inadequado”.
Créditos da foto: Roel Kuilder 

Forte Oposição

No dia 12 de janeiro, a prefeita e os vereadores levaram  ao conhecimento do público que o novo centro de refugiados  de Heesch vai receber no máximo 500 refugiados por um periodo máximo de 10 anos. Na próxima semana estão sendo organizadas reuniões para os residentes locais. A proposta será encaminhada em breve ao conselho municipal.

Os planos enfrentam uma forte e imediata oposição. No Facebook, uma página contra a construção do centro de refugiados foi aberta com o nome “Protesto contra o Centro de Refugiados em Heesch (“Protest tegen AZC Heesch”). A página criada já conta com cerca de 2600 “likes”.


No vilarejo de Heersch moram cerca de 12.500 pessoas.


E você, leitor do blog? Já parou para pensar nisso? Você é contra ou a favor da acolhida ao refugiados? Qual a sua experiência?




Tradução e versão:  Moema Fortes - Blog Luz pra Cego

A notícia original, você encontra aqui.